terça-feira, 12 de abril de 2011

Contagia Bia.

Esse sorriso estampado no meu rosto, é culpa sua
Estonteante como um sol de domingo de verão
Mais branco que o branco de um clarão
numa noite em que só se vê o branco da lua.
...Minha vontade é de demonstrar tanta alegria
Me rendo ao brilho da sua magia.
Você me traz melodia!
Sua beleza é melodia!
Contagia... contagia.
Quem não dança perto da gente?
Se não o faz, não intende
Se faz, se rende.
Somos sincronizados numa harmonia
Sorrisos, amor e muita sintonia.
Contagia...
Se hoje nossa nota está no tom
Nossos sentimentos em alto e bom som
É porque nossa música Bia,
Contagia... Contagia.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Segura Rá!

Altas e altas horas da madruga
Viagens de idas e vindas sem nenhuma preocupação
Aliás, olha minha ruga de atenção
Lembrei de largar a preguiça
Pra rimar pra parceira Raissa
Sem nenhuma pretensão e a melhor da intenção
A vida é assim tem dia que vai
E tem dia que volta
Se não tomar cuidado
No batuque neguinho endoida
Penso tão rápido que minha língua enrola
Minha idéia desembola
E eu peço mais uma bola...
Toca a bola fominha
Me deixa na cara do gol também
No miolo da cachola
Eu vou e chego mais além!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Falaram-me

Falaram-me que sou um grande infantil.

Se ser infantil é mostrar meus muitos dentes e sorrir a troco de nada, contagiar todos os mil e tantos amigos que tenho por aí com meu carisma e simpatia, eu sou criança.
É me entregar à roda de samba com um jeito ‘bamba’ e um chapéu de palha descombinado com a malha e as havaianas. Quero ser um eterno infantil.
Eu, infantil, tenho o prazer de acordar cedo, pegar no batente e saber o valor de uma cerveja gelada com os amigos no final do dia, com a convicta certeza de quem não está parado no tempo, mas sim, a frente de muitos que já se passaram o tempo e não fazem nada para mudar isso...
Infantil do jeito que sou, tenho quem me ame e confie em mim. Quem não se importa se tenho um ou um milhão de qualquer coisa sem valor, mas sabe o significado real da palavra valor.
Saber falar dos versos de Chico, ouvir um bom Raul ou curtir o Pagodinho de Zeca... ao invés de falar apenas do causo da novela das seis. Isso realmente me torna infantil.
Se ser infantil é saber a hora certa de falar e nunca deixar de ouvir. Saber que não sou superior a ninguém, é saber que por mais absurdo que seja a opinião alheia, o respeito é fundamental. É saber que meu teto é de vidro, e que meu julgamento pode voltar contra meus princípios. Ter a consciência que a vida é um eterno aprendizado e que eu ainda não sei nada desse mundo...

Se por esses e tantos outros motivos, você ainda achar que sou um grande infantil.

Que eu não cresça tão cedo.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Se o vento não está favorável para levar-me, algo deve mudar
Ou espero ele voltar, ou eu mudo minha direção.
Tenho tudo que quero e quero tudo o que não preciso querer.
Minha poesia é simples demais para minhas palavras complicadas.
Já vivi amores e desamores. A vida já mostrou os vários dois lados da moeda para o jovem confuso que sou.

A hora de escolher talvez não esteja na hora certa. E meu relógio de corda só funciona quando se movimenta. Não quero me movimentar ainda, mas preciso.
Movimentar para chegar aonde?

Lá?

O que me espera? Quem me espera?
Falta-me paciência para esperar minha própria decisão de acordar.
Acordar de dia, assim que a madrugada passar...
Madrugada escura e fria. Que não passa.

Gritar não adianta e correr cansa. Enfim, prefiro esperar.
Sou obrigado a esperar o vento levar-me novamente.

terça-feira, 20 de abril de 2010

O famoso Desapego, por Fernando Pessoa.

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos que já se acabaram.As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas possam ir embora.Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará.Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Chapéu Panamá

Como é bom ter algo protegendo sua cabeça.

Meus pais sempre protegem minha cabeça, tem uma aba gigante e é lá que eu escondo quando o sol está muito forte. É um tipo de chapéu que vai durar por toda minha vida, e que nunca vai sair de moda. É bonito e elegante, feito sob medida pra quem eu sou.
Já tive alguns tipos de chapéus que foram muito importantes em suas épocas. Eram bonitos e estavam na moda. Protegiam-me até certo ponto e indicavam a direção correta dos meus olhares com suas abas triangulares. Foram grandes pessoas que eram importantes, e hoje, não são mais. Estão guardadas na gaveta, esperando a moda voltar. Não suportaram o tempo, e nem a freqüência que os usava. Eram chapéus fracos. Enfim, os descartei.
Tenho outros tipos de chapéus que, só eu gosto. Esses estão sempre cobrindo minha cabeça. Às vezes o vento tenta levar. Mas eu os seguro e não deixo que escapem. São meus amigos de verdade. Estão em um lugar privilegiado na prateleira. Todos os dias abano a poeira para que não estraguem, e eu os prefiro usar a noite. Podem até sair de moda, mas eu mudo meu jeito de vestir, para que combinem comigo. Esse tipo, a cada dia que passa se molda mais de acordo com sua cabeça. São indispensáveis.
Tenho alguns chapeuzinhos de papel aqui. Aqueles que faço hoje, uso, e amanhã jogo fora. Duram no máximo umas 4 horas. Não agüentam um ventinho qualquer que já estão despedaçados. O vento leva e traz de acordo com o clima do dia. São feios, porém, engraçados. Famosos colegas de balada, que só sabem quem você é por causa do seu álbum de Orkut ou pelo que você pareceu ser dentro da boate.

E por fim, meu Chapéu Panamá.
Esse sim é especial. Esse é novo e está na moda há pouco tempo. Combina comigo em todos os aspectos, posso vestir preto ou branco. Chinelo ou sapato. Não liga se estou perto de gente rica ou pobre. Ele está lá cobrindo minha cabeça.
Faz com que meu sorriso tenha mais brilho e que meu olhar seja mais verdadeiro.
Meu Panamá veio até mim, com muito amor e carinho, e pretendo cuidar dele para que o vento não o leve.

domingo, 4 de abril de 2010

Não me mande parar!

Não me mande parar.
Se eu quiser caminhar até que minhas pernas caiam, até onde não houver mais estrada ou lá onde o vento faz a curva, me deixa.
Não me faça engolir a idéia de que devo me casar cedo, ter uma família, um emprego estável e que eu deva viajar rotineiramente duas vezes por ano. Não me faça ser um cara normal demais.
Se eu quiser pensar até meus neurônios explodirem, questionar até acabarem as interrogações das minhas frases ou simplesmente aceitar qualquer coisa tola, não me mande parar.
Quero me apaixonar todo dia por tudo, quero amar a cada amanhecer, quero sentir aquilo que ninguém conseguiu decifrar até então. Por favor, não me mande parar.
Não tente me convencer que o sexo faz mal, que a religião é a salvação do mundo e que as verdades impostas são absolutas. Não me mande parar quem eu sou.
Se eu quiser acreditar na felicidade, se eu for positivista. Se eu for naturalista, futurista, ou só um bobo altruísta, não me mande parar!
Eu quero festas e mais festas. Quero beber da melhor bebida, quero ouvir a melhor música. Quero os lugares mais sofisticados e as pessoas mais... mais.... não se compara pessoas com coisas... quero as pessoas que estiverem lá! Quero que a noite não acabe nunca. Que o perfume não perca o cheiro e que o copo não esteja vazio. Que o maço não fique sem cigarro e que os pés não se cansem de dançar. Quero dançar! Não me mande parar, por favor!
Quero não ter limite. Se eu viajar sem planejar. Se eu quero ver o sol se por no alto de uma montanha em algum lugar isolado, ou se eu quero apenas ficar no meu quarto. Não me mande parar.
Quero um milhão de conhecidos, mil colegas, cem parceiros, e principalmente, alguns amigos! Quero ligar para contar meus segredos, quero um abraço na hora mais difícil, ou apenas, e não apenas mais do que alguém para tomar uma cerveja gelada!
Quero que o barro suje meu tênis, que minha calça tenha marcas de alguns escorregões, e que minha camisa fique completamente amarrotada! Não me mande parar de ser espontâneo. Talvez esse seja meu sobrenome.

Se a felicidade estiver estampada no meu sorriso, minhas mãos não agüentarem segurar o ar ou se eu dançar sem que a música esteja tocando. Se eu quiser sair correndo, me molhar na chuva e abrir meus braços. Se eu quiser ser o que eu sou.
Não me mande parar.